A internet e as telecomunicações são fortemente influenciadas pela fragmentação política do Iémen. Nas áreas controladas pelos Houthis (incluindo a capital Sana’a), as autoridades de fato controlam rigidamente as redes estatais e impõem uma censura estrita. A YemenNet, gerida pelos Houthis, tem um histórico de bloqueio de sites e redes sociais considerados críticos aos Houthis. Desde a tomada de Sana’a pelos Houthis em 2015, pelo menos uma dúzia de sites de notícias não alinhados com o movimento Houthi foram consistentemente bloqueados na internet do Iémen article19.org. Plataformas como Facebook, Twitter, Telegram e vários sites de notícias foram intermitentemente filtrados ou encerrados – por exemplo, a YemenNet cortou o acesso às redes sociais e notícias no final de 2017 durante um confronto militar smex.org, e em setembro de 2023 bloqueou Zoom, Google Meet e Signal para interromper manifestações anti-Houthi planejadas article19.org. As autoridades Houthi até mesmo desligaram completamente a internet em algumas ocasiões; em um caso em dezembro de 2017, desligaram o acesso à internet para todo o país por cerca de 30 minutos, aparentemente para suprimir a divulgação de vídeos de abusos cometidos pelos Houthis foreignpolicy.com. Esses atos fazem parte de um padrão mais amplo de censura e controle da informação que se intensificou com o conflito article19.org. A liberdade de expressão online é severamente restrita nas áreas Houthi, e os usuários temem a vigilância – a infraestrutura de telecomunicações controlada pelos Houthis permite um potencial monitoramento do tráfego de internet em Sana’a, e os residentes estão muito céticos em relação à espionagem pelas autoridades foreignpolicy.com.
Por outro lado, o governo internacionalmente reconhecido afirma seguir uma política mais aberta nas áreas que administra, embora seu alcance seja limitado. Quando a AdenNet foi lançada, funcionários prometeram que ela defenderia a liberdade de internet e bloquearia apenas pornografia ou conteúdo que violasse normas culturais smex.org. No entanto, observadores expressaram preocupações uma vez que a AdenNet é apoiada pela Arábia Saudita e pelos Emirados Árabes Unidos – países conhecidos por extensos bloqueios na web – o que poderia influenciar suas práticas smex.org. No geral, o Iémen carece de proteções legais robustas para a fala online. Houve relatos de prisões e assédio a blogueiros e ativistas tanto nas áreas Houthi quanto nas governamentais, e ambos os lados do conflito veem o controle da internet como um ativo estratégico. O ambiente regulatório é essencialmente definido pelo conflito: cada lado opera seu setor de telecomunicações como um monopólio, e a licença de novos provedores ou tecnologias é politizada. Por exemplo, até 2018, nenhum ISP concorrente poderia operar, e mesmo agora, a YemenNet (sob controle Houthi) e a AdenNet (governamental) detêm influência em seus territórios. Esse controle estatal (e de fato estatal) significa que as políticas podem mudar com as condições políticas – como o fechamento de redes para “manutenção” como um pretexto para censura ou movimentos de segurança bostonpoliticalreview.org bostonpoliticalreview.org.
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